08 julho 2011

Isabela.

Hoje não tenho nada de ruim pra dizer. Não tenho infelicidade pra descarregar, dor no peito pra expor em letras. Não tenho mesmo. Hoje estou feliz. Hoje vi uma pequena peça tão gostosa da vida, vi dois olhos tão abertos tentando descobrir, encontrar, procurando o aconchego do peito quente da mãe, que estou sorrindo, mesmo com minhas dores. Hoje não tem quem me faça infeliz. Não adianta. Hoje sou só sorriso, sou só orgulho - que de fato, nem é por mim. É que hoje eu sou adulta vendo vida nascer. Já me imagino tão velha, só porque a vi tão pequena e frágil, tão coisa nova. Tão coisa linda, coisa perfeita. Coisa que vai ser. Ah, pequena Isabela, seja bem vinda ao meu planeta, ao seu planeta, ao seu mundo. O mundo vai ser seu, pequena. Vai com tudo, eu só quero observar, te ver crescer, te ver sorrir, te ver viver. Tão perfeita, tão coisa viva, tão criança, tão bebê. Ah, Isabela, bebê, te esperei tanto. Como se fosse minha, como se fosse irmã, como se fosse o único dos meus presentes de natal. E agora que você chegou, que chorou pra anunciar sua chegada, que abriu os olhos e se balançou, como quem alcança o mundo, sem me deixar saber se chorava ou se ria, ah estou tão feliz. Ah, Isabela, seja feliz. Eu quero te ver feliz. Eu quero te ver bebê. Eu quero o mundo, inteiro, de laço e fita, pra você. Seja bem-vinda. Seja abençoada. Seja criança viva. Seja pequeno pedaço de milagre, brilhante, perfeito. Seja você.



ps: queria tanto ter uma foto da menina Isabela pra mostrar pro mundo. mas fiquei tão embasbacada de vê-la finalmente presente, aquela promessa de felicidade radiante que finalmente nasceu, que eu não lembrei de tirar. perdão, mundo. vai ter que esperar ela crescer pra poder ver.

ps2: essa foto é do ano passado. Isabela já tem dois anos. Meu amor não diminuiu um ponto. Ao contrário, só faz crescer.

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