27 dezembro 2009

Velha Infância.


Oh boneca, tão delicada, tão quebrável, tão afável, tão amável.
Ah boneca, eu que um dia eu te amei, agora já não o sei, só sei que um dia sonhei.
Ah boneca, se pudesse te dizer, se pudesse me lembrar, se pudesse, apenas se eu pudesse.
Oh boneca, não se frustre, não chores, não, não chores por mim.
Vou partir, é fato, é inevitável, mas ficarás, perpetuarás e seus olhos, delicados, iluminarão outras faces, incendiarão outros corações, apaixonarão outros amantes.
Então boneca, não se zangues, não me odeies e não me esqueças, apenas viva, viva outros amores, viva outras dores, faça de si um arco-iris de plástico, cheio de vida, cheio de promessas.
Então boneca, já me vou, partirei, sem olhar pra trás, pros pequenos sonhos, pros pequenos trechos, pros pequenos passos, pra peça de plástico que não te dei.
Boneca, minha querida, minha vida, meu amor, foi um prazer um dia te ter, mas agora, agora não te quero mais.
Adeus.

2 comentários:

  1. Simplesmente... magnífico!
    Não consigo encontrar as palavras exatas agora para expressar meu contentamento...

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agora é a hora em que você rabisca a sua mensagem no meu infinito pessoal :)


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