13 abril 2014

Vai (E não volta mais).

Eu quero tirar teu gosto dos meus lábios. Por que queima a pele e machuca a alma e deixa cicatrizes em lugares muito bem escondidos de mim que você tenha sido o último a me ter tão perto, entre os braços, selando meus lábios com os teus e entrelaçando teus dedos pelo meu cabelo, fazendo correr pela minha espinha o melhor tipo de arrepio. E me mata que o ultimo abraço que me tirou do chão seja teu, que a ultima vez em que eu fechei os olhos e me senti em casa foi cercada de você. Me machuca que eu não possa lembrar o que é doçura sem ter você como referência. Você estava aqui. Você esteve comigo. E eu te senti, só você e você inteiro, em todos os cantos de mim que tem consciência e sentem saudade.
E eu te odeio por isso. 
E odeio ainda mais que eu não consiga esquecer, não importa quantas fotos eu rasgue ou quantas vezes eu grite pras paredes e pros amigos e pras pessoas passando na minha calçada que eu quero mais é você longe da minha mente. Você ainda está aqui e eu ainda consigo ver claramente os teus olhos quando eu fecho os meus, aquele estúpido tom de verde iluminando minhas memórias como uma droga de um farol. Eu odeio isso. Eu odeio que eu queira tanto vê-los de novo. Que eu queira estar perto de novo. 
Então, por favor, faça parar. Me faz parar de querer rasgar meu cérebro em tiras apenas pra fazer cessar os pensamentos tão súbitos e constantes sobre você. Sobre nós. Então, por favor, vá embora. Deixe minha mente de uma vez. Deixe meus lábios de uma vez. Deixa minha vida de uma vez.
E não volta mais.

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