14 julho 2009

Férias.

Mais um.
Só mais um.
Acredite só se quiser, mas ela já não era capaz de dizer - ou pensar- mais nada. Conseguia ficar quase alegre com isso, o pensamento da liberdade, mesmo que para chegar até lá ela tivesse que rolar por alguns degraus antes. Ela já caíra da escadaria mesmo. Um ou outro degrau, uma ou outra turbulência, à essa altura, não era nada. Ela já passara pelo pior. Ou pelo menos, por coisas piores que aquelas, que uns poucos degraus até o chão. Até o fundo.
Só mais um.
Só mais um dia e ela nem pensaria no assunto. Claro que não definitivamente, não ainda, mas por algumas longas semanas. Que fossem horas, desde que fossem. Ela precisava daquele tempo para recostar a cabeça no travesseiro e pensar que o mundo não era nada, que podia rodar a vontade e ela não precisaria seguir com ele. Paz.
Ah, só mais um dia.
Um dia e paz.

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