07 maio 2009

Vidro.

Eu ouvi o barulho do vidro se partindo e o baque de alguma coisa batendo contra o fundo. O fundo do poço, talvez.
Olhei pra ela, o meu outro eu, e quando nossos olhares se encontraram, fiquei surpresa ao lembrar que não estávamos juntas em uma só. Ela era só outra parte de mim, uma parte que me pertencia, sem realmente fazê-lo.
- O que foi isso?
Não me referi propriamente ao barulho, não era nada além de vidro se estilhaçando em algum lugar. Me referia ao corte, a perda que eu agora sentia ferir no meu peito frágil.
- Não foi nada. - Eu me respondi. - Foi só minha sanidade se jogando da janela da sala.
- Ah, tá.

Um comentário:

agora é a hora em que você rabisca a sua mensagem no meu infinito pessoal :)


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