Eu nao quero comparar você aos amores que eu já amei. Não é justo, nem com você nem comigo. Meu ultimo amor me dilacerou. Demorou a fazer sangrar, eras de um silêncio satisfeito em que eu achei que sabia melhor, mas cortou, ferimentos fundos que acertaram pedaços de mim que antes não carregavam dúvidas.
E não é justo com a gente que eu queira te amar igual, se da última vez que foi assim tao vivo as chamas me consumiram, se o mau intento do peito que se dizia feito pra mim me queimou.
E você não é, você não é assim, você é doce e suave e seus braços me abraçam com carinho e eu tenho medo, porque eu estive aqui antes e doeu horrores quando eu percebi os terrores pelos quais aquele amor me fez passar.
Não faz. Não repete as atrocidades de quem me feriu. Cuida bem de mim. Sem promessas (ele fez promessas, ele quebrou promessas, ele me quebrou). Só cuida bem de mim (ou pelo menos não destroi o tanto que eu reconstrui). Eu também sei cuidar de mim. E agora mantenho minha guarda armada (luta por mim, pra me amar).