12 março 2012

Um pouco mais de Max.



Com ele não era tanto sobre amor, embora eu o amasse. Ah, como eu o amava. Mas com ele foi, desde o começo, sobre o beijo, sobre as línguas e sobre as mãos. Foi sobre o toque e o calor e a pressa que irradiava de mim como um vírus, me fazendo arrancar suas roupas e sentir na minha alma, mesmo que tudo o que tivéssemos então estivesse ali, sobre a cama. Com Max tudo sempre foi sobre o nome, sobre o carinho e sobre o acaso, o esbarrão e o amigo em comum que o fez sorrir pra mim naquele auditório pequeno com um artista desconhecido fazendo seu show. Com ele sempre foi sobre paixão e música e pela vida e pela carícia no meu pescoço e o jeito como as bocas se encaixavam. Com ele sempre foi sobre o entrelace de nós dois e o abraço do corpo, que só me fizeram perceber bem depois que eu o amava. Foi sobre repetição. Foi uma epifania. Foi um contato, um sonho e uma espera. Eu sabia que ele ia chegar. E ele chegou. E foi tudo por nós dois. E então, desde então, tudo tem sido Max.


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