10 abril 2009

Oca.

Oca, vazia, neutra.

É estranho estar tão imparcial novamente, depois de ter o coração ocupado por tanto tempo.
É frustrante não sentir nada. Ou acreditar não sentir nada.
É quase doloroso me sentir assim, ou melhor, não sentir.
É enlouquecedor.
É uma espiral de vento que sufoca você, é um turbilhão que não leva nada dentro de si.
É um silêncio sem um único significado.
E incomodo.
Me deixa presa em mim, engailada, insegura.
Sem conseguir arrumar uma direção, sem uma luz pra servir de guia.
Gosto de acreditar que não é dele que eu sinto falta.
É do coração descompassado, dos sonhos de menina, do lentimento e da leveza de simplesmente estar apaixonada.
Sinto falta de um rumo pros meus pensamentos, de um sorriso pra lembrar quando apago a luz.
É estranho.
É sem razão e tão pouco pé no chão se deixar levar pelas lembranças do coração.
Por recordações que meu coração inventou, que guardou, que sonhou e idealizou.
Mas era tão bom pra mim me sentir assim.
Porque, afinal, tirando os momentos em que você me doeu, eu me sentia feliz.
Aquele tipo de felicidade de quem acredita que vai dar certo e sonha alto.
Pena que uma hora você cai.

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