28 outubro 2010

Cegueira

Ele me chamava de amor e sorria pra mim com um muita facilidade. Com que simplicidade ele voltava aqueles olhos muito azuis pro meu castanho e me falava de pôr-do-sóis. Seu carinho lhe fugia das mãos e transbordava pelo corpo, sempre unido ao meu, fosse num abraço ou numa caricia silenciosa e descompromissada na base do meu pescoço. Ele me olhava singelo e me falava banalidades o tempo todo. E não por que me amasse. Não por que eu pudesse fazê-lo feliz. Por que ele era assim. Uma existência leve, suave, feita de afagos. Um sopro, uma brisa, um suspiro de amor-perfeito. Como mágica, como um encanto pairando sobre o mundo. Sobre mim e minha pequena existência. Por que ele sorria e me falava de amor o tempo todo. Por que era feliz. E fazia feliz. Me fazia feliz.

Layout por Thainá Caldas | No ar desde 2009 | Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©