08 outubro 2009

Gestualmente música.

Luz. Som. Multidão.
Gestos.
Os movimentos eram sensuais, sinuosos, sedutores. Seu corpo era luz, era som, era só o compasso, o ritmo da musica.
Os cabelos castanhos reluziam, voavam, exalavam rosas ao menor dos toques das suas mãos delicadas. E ela se despenteava por vontade própria, ela se desarrumava só pelo prazer de se desarrumar.
Ela estava livre de todos e de si mesma, ela existia só pela liberdade de ser quem quisesse. De fazer o que quisesse. Do jeito que quisesse.
E não importavam as pessoas ao redor, o espaço, o pouco espaço, era todo dela. E os corpos que se tocavam, que se esbarravam, que se afastavam para vê-la se mover.
Ela despertava os olhares, ela atraia a massa, ela esteve sempre no meio da roda. Ela era exibição pura e simples e ela estava gestualmente num holofote. Ela se comportava como se estivesse em um. De fato, ela estava em um.
Luz. Som. Sorriso.
Gestos.
Ela era a atração, ela era o elemento principal da uma boate escura e viva. Que respirava e exalava sensualidade. Que era inaudivel e se fazia ouvir. Que ressoava pela cidade o enorme som da diversão. Da libertinagem.
E ela era o calor daquele lugar, do lugar mais quente. Ela era musica, ela era os passos, ela era o rebolado. Ela era mulher.
Mais que isso, ela era a mulher.
E era luz.
E era gestos.

3 comentários:

  1. jesuis, você escreve muito bem.
    adoooorei!
    beijos.

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  2. thainá, arrasou no texto, está incrível, realmente adorei, eu sempre gosto dos seus textos ;)
    abraço criança

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agora é a hora em que você rabisca a sua mensagem no meu infinito pessoal :)


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