18 junho 2012

hoje à noite (falando do infinito que não abriu)

Me falta disposição - e talvez até a capacidade - para entender porque tudo sente tão horrível, tão escuro, tão assustador. E agora meu peito é só dor e de repente, sem razão aparente, meus olhos estão repletos de lágrimas. E eu choro sem saber porquê, como naquela canção que escutava quando ainda menina, garota, cheia de esperanças e brilho nos olhos. E agora meus sonhos são só sombras a noite. E de repente é sempre inverno, as estações não mudam e a noite sem estrela não me abre o infinito. Não me abre a imaginação. Não me abre mundo novo. E agora, nem aquele antigo mundo meu eu consigo imaginar mais. Aquela casa antiga, quentinha e acolhedora, não me recebe mais. E eu me pergunto se é o inferno. Se é o final. Se existe caminho de volta, indicação de saída e um abraço quente na linha de chegada. Por favor, um rosto amigo no fim dessa caminhada. Alguém que não me pergunte nada, me pegue pela mão e me leve pra casa, seque minhas lágrimas num carinho e me entenda sem eu precisar explicar. Eu não poderia mesmo. Hoje a noite só preciso de um ombro pra me esconder. Hoje á noite aceito a mão de quem me ensinar deixar de sofrer e afastar os fantasmas que eu nem sabia que me faziam doer.

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