14 setembro 2009

O Silêncio dos Confidentes


Perdi meu confidente.
E de repente, o silêncio comum é mais acolhedor que o silêncio dele.
E assim, de uma hora pra outra, eu me cansei dos meus sentimentos, da falta dos seus, cheguei a exaustão no que diz respeito a nós. No que diz respeito a mim.
E agora, enquanto o fim do mundo se aproxima e me engole, tudo o que eu não quero ouvir é aquela velha falta de opniões dele, aquela falta de senso do real que tanto me acalentava antes.
É engraçado pensar que cheguei a divisar sua sombra no escuro. É irônico, na verdade, constatar que agora eu fujo dela. Dele.
Cheguei ao ponto em que não apenas perdi o confidente. Me desfiz do amigo.
E o mais íncrivel, é que não estou chateada com isso. Na verdade, me sinto bem.
O sorriso é sorriso.
A lágrima é lágrima.
Sem máscara alguma, depois de tanto tempo me escondendo. Sem sentimento nenhum, depois de tanto tempo te sentindo. Sem a depressão ou os suspiros que costumavam me envolver quando era você.
Só o silencio.
Só o confortável vazio onde antes havia um amigo.
E o eco.

Um comentário:

  1. Incrivel! gostei mesmo. vai ter facilidade pra escrever assim lah longe... continue assim. se for pra mudar q seja pra melhor

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agora é a hora em que você rabisca a sua mensagem no meu infinito pessoal :)


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