18 setembro 2009
Horário Nobre.
Ela sentou no sofá e contemplou a TV desligada, fonte de alienação sem fim de toda a população que ela conhecia.
Ela sentou e observou que o vazio da tela enegrecida era quase tão vazio como a mente dos que a seguiam tao fielmente.
Ela mirou os botões práticos, ela mirou a diversão sem cerebro que seduzia todo um país.
Pensou nos enredos repetitivos, nos nomes cômicos, nos bordões enjoativos que invadiam seu dia-a-dia. Nas fofocas, nos artistas, nos protagonistas do circo do qual nós, população, somos os palhaços. Os marionetes.
E ela pensou no único chamado que o seu povo, o brasileiro, atendia sem pestanejar.
Ela lembrou do único som que os faria levantar de sua rotina, de sua entorpecência comoda e natural.
E entao ela sorriu.
E ligou a TV.
Plim-Plim.
Fim das Mentes.
Plim-Plim.
Fim do Mundo.
Mas não importa. É a hora da novela.
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Hahaha.. Adorei! Esse texto é a cara de Marcelo de sociologia!
ResponderExcluirgostei mt...
ResponderExcluirNossa, bem crítico! Parabéns =)
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