20 junho 2012

Ainda espero resposta.

Ela era sua melhor amiga, sua confidente, e perdê-la deve mesmo ter sido cruel. Mas me ganhar devia ter sido bom. Devia ter sido suficiente. E eu me ajoelhei e fiz tudo do jeito ceto e rompi meu peito em paixão e eu tinha certeza (mas ela não). E eu ainda espero resposta. Mas eu meio que perdi a esperança, eu meio que deixei de acreditar (nela, em mim, em nós). Quem ama tem sempre certeza. Quem ama sabe se é sim ou não (sim).

18 junho 2012

hoje à noite (falando do infinito que não abriu)

Me falta disposição - e talvez até a capacidade - para entender porque tudo sente tão horrível, tão escuro, tão assustador. E agora meu peito é só dor e de repente, sem razão aparente, meus olhos estão repletos de lágrimas. E eu choro sem saber porquê, como naquela canção que escutava quando ainda menina, garota, cheia de esperanças e brilho nos olhos. E agora meus sonhos são só sombras a noite. E de repente é sempre inverno, as estações não mudam e a noite sem estrela não me abre o infinito. Não me abre a imaginação. Não me abre mundo novo. E agora, nem aquele antigo mundo meu eu consigo imaginar mais. Aquela casa antiga, quentinha e acolhedora, não me recebe mais. E eu me pergunto se é o inferno. Se é o final. Se existe caminho de volta, indicação de saída e um abraço quente na linha de chegada. Por favor, um rosto amigo no fim dessa caminhada. Alguém que não me pergunte nada, me pegue pela mão e me leve pra casa, seque minhas lágrimas num carinho e me entenda sem eu precisar explicar. Eu não poderia mesmo. Hoje a noite só preciso de um ombro pra me esconder. Hoje á noite aceito a mão de quem me ensinar deixar de sofrer e afastar os fantasmas que eu nem sabia que me faziam doer.

17 junho 2012

falando da espera (que não deu em nada)


De algum modo, por algum motivo, eu esperava mais de você. Eu esperava mais de nós dois. Eu esperava mais de mim, o que talvez seja a pior parte de tudo isso. Eu esperava que eu fosse boa o bastante, que fosse memorável o suficiente pra você não esquecer. E não é que eu te ame, ou que eu sinta no meu peito mesmo que uma centelha, um querer, uma esperança. Não é nada disso, não há nada disso em mim pra nós, nada mais do que os lábios e as mãos e os sorrisos, e suas promessas, que eu resisti, mas acreditei - e você nem era assim tão crível. É que eu sempre acredito - faz parte de ser tão ingênua, te parecer tão criança, de levar no peito esse coração inseguro. E está tudo bem. Eu juro, está tudo bem. E se aqui eu me imagino chorando, se me imagino ruindo, é só por dentro e não escorre uma lágrima, por que não tem mesmo motivo pra uma única gota de mim que seja escapar de meus olhos, entre meus dedos, caminhando pra longe dos meus olhos, deixando meu rosto pra morrer onde não sou mais eu. Não existe um único motivo que me entristeça agora além de mim, lembrando, guardando, sentindo, mais uma vez, que eu não fui suficiente. Mas eu não me culpo. Muito não, de qualquer forma. Eu sou só isso mesmo, eu não estou disposta a ser mais, eu não sei ser mais e é tudo o que eu tenho pra oferecer, eu por inteiro, com defeitos e falhas e o sorriso - modéstia a parte - bonito, que eu gosto de exibir, por que rir me faz sentir menos quebrada - ou mais completa, vai saber. E é só isso, ficou pra trás. Nossos sorrisos também. Nossas lembranças também. Só eu que continuo (e até a próxima).

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