23 julho 2012

compulsão.

E ela suspira fundo, que é pra não escrever, não alucinar, não levar pra longe o mundo que é real aqui. E ela tenta se controlar, não pensar sobre braços e bocas, não desenhar abraços e beijos, não falar de amor a estranhos ou se apaixonar por miradas. Mas ela é dessas que imagina, que vê infinito em céu azul, que cria histórias de sorrisos e observa perfis em ônibus. E aí cria amores, cria lágrimas, cria casamentos e flores que caem do céu. Cria felicidade e cria paz de espírito. Ela cria por que é natural, por que as frases saem, por que tudo o que ela vê vira palavra e ela tende a ver amor, por que amor faz bem e só ela sabe o quanto precisa de bem pra viver. Só ela entende o quanto tem que ser amor pro peito não doer. E ela escreve, e ela sente e ela vive, mesmo que ao contrário, por que ao contrário vai o mundo - mas é amor e é beleza e faz o coração vibrar, por que não é nela, mas é amor, é amor, é amor, e amor ela sabe que tem mesmo é que registrar.

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