28 agosto 2009

Ruptura.


Quero gritar pras paredes e quebrar os pratos pra provar que eu também sou de verdade. Que tenho sentimentos, tenho sensações, tenho lembranças. Tenho alma.
Leve em consideração da próxima vez que for usar de poucas palavras. Leve em consideração da próxima vez que for ser superficial. Leve em consideração quando acreditar que sou de plástico, que não faz diferença e que o abraço não é de todo necessário.

Sou pessoa.
Acalentei a verdade de que era. De verdade, acredito que era.
Eu acreditava, esperava, desejava e delirava, como qualquer pessoa, que se criasse algo. Que você reconhecesse algo.

Mesmo que visse de outro modo. Mesmo que não do meu modo. Desde que de algum modo.

Acalentei a crença de que seria. De verdade, cheguei a acreditar que era. Você me disse que era.

Sorri com você acreditando que fosse. Meu melhor sorriso, minha maior felicidade.
Outro eu. Outro sorriso que não é mais meu.

Você também nunca foi meu. Nada que fosse meu.

E eu tinha esperanças. Tinha sonhos. Tinha crenças. Tinha alma.
Eu era pessoa.

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