13 agosto 2009

Ela.

Ela chorava. Ela sorria. Ela se controlava pra não se descontrolar.
Não sei o que pensar sobre isso.
Não sei o que escrever sobre isso.
Não sei nem se tenho vontade de fazê-lo.
Ainda sim, aqui estou, tentando.
Porque?
Ela não vale a pena, ela nunca valeu.
Ela tem sentimentos demais, ela se importa de menos, ela chora demais, ela sofre demais, ela sorri demais, ela finge demais.
Se esforça demais. Se força.
Pra quem?
Pra que platéia ela faz o show? Quem está olhando pra ela? Onde estão os holofotes, porque não os posso ver?
Porque diabos ela está agarrando os ursos de pelucia e se escondendo neles, porque as lágrimas estão escapando? Porque ela se comporta como uma menina? Porque não pode crescer?
A cama agora está desarrumada e o cobertor escuro tapou-lhe a cabeça; sua tentativa de se esconder e ocultar de mim, de sí e do mundo seu sofrimento insano, imenso e sem causa. Tentativa em vão, fracassada. Seu rosto desapareceu mas eu ainda posso ouvi-la. Os guinchos silenciosos, os gritos mudos, os soluços secos, a dor.
Sua dor. Minha.

Qual é o problema?
Diga pra mim, esclareça pra mim, encontre-o pra mim. Me deixe encará-lo.
Onde está?
Me diga onde, me diga onde procurar, me diga pelo quê eu deveria...
Me ajude a te ajudar, me ajude a te achar, a te salvar. Me ajude. Se ajude.
Se ajude a mim.

Um comentário:

agora é a hora em que você rabisca a sua mensagem no meu infinito pessoal :)


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