28 setembro 2012
Bordô.
(E parece que) Minha passividade vem se tornando agressiva. E meu tempo vem acabando, e os problemas vão pingando e meu corpo vai desistindo devagar, fechando os olhos por um segundo ou dois, para um descanso eterno que eu bem queria. Eu bem topava. E tudo o que é pequeno me tira do sério e eu ando chorando dores antigas e detestando velhos amores, velhas lembranças e esperanças que se partiram (e me levaram junto). Ando recriminando símbolos. Ando guardando mágoas. Ando respirando fundo e dosando minhas palavras. Ando me sentindo pouco e vivendo pela metade. Ando sofrendo por trás de sorrisos. Ando fingindo (bem menos, mas fingindo). E agora me pego sem saber o que dizer. É que eu não sei mais descrever o que é vermelho como antigamente. Não sei mais fazer sair de mim como fazia antigamente. Não sei mais fazer voltar ao castanho como antigamente. E agora é pedir por um pouco de paz, é fingir que tá tudo bem, é não me deixar chorar, não me deixar ruir, não querer e não conseguir (e as vezes eu quero, as vezes eu só quero que acabe. mas nunca vai embora). E agora é o que eu sou, é o que dá pra fazer, é o sorriso que dá pra sair. Não me pede mais. Não hoje. Não agora. Não nunca (Deixa pra mim a tarefa de me colar. Deixa que eu vou me domar).
Bordô.
2012-09-28T12:57:00-03:00
thaic.
falando do meu medo de escuro|histórias contadas em tom bordô|histórias que são no meu peito|
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