15 maio 2012

Insira teu nome aqui.

Não te deixo alimentar esperanças, não te deixo sonhar ou escrever. Nós bem lembramos de como foi o último, nós bem lembramos de todas as lágrimas, de todas as despedidas e da saudade, ah, pelos céus, a saudade. Tanta que ás vezes nem cabia no peito, e eu me via te desenhando nos cadernos, te pedindo em letras e te ouvindo em músicas. Quase posso me lembrar do choque do primeiro adeus, da dor que chorei em colo amigo. E eu me lembro das palavras que você usou, vírgula a vírgula, lembro das músicas que escutei e dos textos que li pra te sentir mais perto. Mas foi em vão, você partiu, eu fiquei, e aos poucos o que era escasso sumiu. E por mais que sua sombra tremesse a minha vista, você se fora e eu não podia fazer nada. Nada além de olhar com carinho nossas lembranças. E de aprender pra não sofrer de novo. Palavra pouca e sorriso meu não vão mais me conquistar. Então nem vem, viu. Aquilo tudo que eu chorei, tudo o que doeu, uma vez só basta. Uma vez já é dor demais.

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