21 março 2013

Poeira de Demolição

E hoje é o dia em que tudo ao redor resolveu ruir. Todas as paredes e fundações, todas as sedes seculares de tudo o que eu sou. E eu mesma não tenho ideia de como me mantenho em pé, por que cada partícula de mim está estilhaçando, ruindo, ressoando e vibrando, procurando uma frequencia em que tudo não seja dor. E não encontra. E não existe. Tudo ao redor é lágrima e poeira de demolição, tudo ao redor foi ao chão e eu sou a única parte do inteiro que um dia foi que se vê a distância, resistindo, mal e porcamente, contra a frente fria que não para de me açoitar o rosto, de me espancar a alma, de me arrancas as lágrimas á força. E eu não sei se ainda quero ficar em pé. Eu não sei se vestir o sorriso e estancar o choro tem me feito qualquer bem que não engolir a bile e beber do veneno. Já cansei de ser pilar nessa tempestade; quero mais é me estilhaçar. É que a verdade é que eu prefiro ser areia de praia ao por do sol que pessoa inteira me afogando em águas que não posso chorar.

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