31 outubro 2010

Visão

Voltava os olhos pra mim com tanto calor que eu via muito além do castanho. Via luz. E me parecia tão perfeita que, como um anjo, me levava as dores e as preocupações. Mas era tão distraída que não reconhecia em mim amor, e sorria meio vazio, meio desejosa, ás vezes. E eu, fraco de palavras e declarações, lhe fazia carinhos e lhe olhava nos olhos para mostrar o que sentia. O que sinto, ainda hoje, por aquela pequena mulher que me sorri pelas manhãs. E eu tento. Chamo-lhe de amor, o meu amor, e entrelaço nossas mãos numa promessa. Faço de tudo que posso para mostrar-lhe e desenho no ar nossos nomes num pedido msem palavras pela eternidade. E deixo claro, como posso, para minha pequena -que se recusa a ver - que o meu azul só quer aquele castanho. Que minhas mãos só querem as dela e que meu coração há muito descobriu que não pode haver nenhuma outra. Ele bate castanho. Bate por ela.

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